Deus sempre me leva a momentos apóricos. E quando o assunto sou eu mesma, a aporia vira catarse.
Catarse, para mim, é quando desistimos de pensar, de sentir, de entender, de controlar, de prever, de precaver, de nos proteger. É quando abrimos mão, admitimos a dor, a dúvida, o medo, o orgulho, a ansiedade, a mágoa, a expectativa ou qualquer que seja a barreira que nos impede de deixar Deus ser Deus. É quando eu assumo, depois de lutar, que o soberano é Ele, e que me debatendo só conseguirei me ferir, e não farei as coisas acontecerem do meu jeito. É quando, estafados após a tempestade, assumimos que estamos perdidos na calmaria, sem saber para onde remar. Então deixamos que os ventos nos leve, crendo que quem sopra é o próprio Deus.
Isso, claro, até meus instinto me forçarem a brigar de novo! Até que me canse de esperar, de novo! Então gladiarei de novo com as ondas tentando me afirmar sobre elas. As vezes venço; outras me perco na calmaria.
Ultimamente ando tendo momentos apóricos...
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