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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amigos

"Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro." Pv. 27.17 - NVI

Não sou do tipo popular, dessas pessoas que vivem rodeadas de pessoas. Dessas que, ao pisarem em qualquer lugar público de grande movimentação, com certeza, terão alguém para cumprimentar. Conhecida e conhecedora de muitos, e por muitos. Cheia de contatos.

Não. Eu sou do tipo que, facilmente, mistura-se na multidão. Minha lista de amigos no facebook não é impressionante, minha lista de contatos no celular é vergonhosa, minha lista de amigos próximos é ínfima, minha lista de amigos íntimos então...

Mas (e sempre tem um "mas"), pode parecer antagônico, muita gente me conhece. Sim, porque dentro de meu círculo de convívio sou de certa forma pública. Para quem é ministro de louvor de cidade do interior, é natural ter pessoas que você nem sabe o nome saberem o seu. Só que saber o nome não é ser amigo.

A questão é que, no geral, minhas crises e vitórias são só minhas, e de meus pouquíssimos amigos íntimos. Portanto, dá para contar, em apenas uma mão, o número de pessoas que REALMENTE me conhece.

No entanto, sou uma garota privilegiada, e já disse isso. Dessa vez é porque, amigos ou não, sou rodeada de pessoas "gente boa", dessas que você se encanta ao chegar um pouquinho mais perto. E, o que é impressionante, muitos deles me consideram uma amiga, apesar de não me conhecerem tão bem. E têm a (boa) mania de me abençoar constantemente.

Um abraço, um "estou orando por você", um "garota, você é demais, sabia?", ou "e eu te acho uma pessoa tão grande!" inesperados, vindos de conversas informais, rodas de oração, e-mails, comentários de blog, são refrigérios para quem, como eu, tem a péssima mania de saber demais, de pensar demais e, geralmente, com seus próprios botões. Porque, às vezes, quietos entre livros e partituras, temos a sensação de que somos sozinhos demais (culpa de nosso eu casular). Bobagem!

Então pessoas simples e sinceras, com sorriso simples e sincero, aparecem do nada, trazendo abraços e elogios inesperados, e nos assombram. Depois do susto ("ela está falando de quem?"), sorrimos, com o coração acalentado e morno.

Não, os inteligentes possuem amigos; os líderes possuem amigos; os mais velhos possuem amigos; os quietos possuem amigos; os solitários também. E por incrível que pareça, os inteligentes-líderes-mais velhos-quietos-solitários como eu encontram amigos onde menos esperam. E somente porque Deus sabe que precisamos deles!

Foi o que meu dia rendeu.


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